(ANSA) - A Itália registrou um novo recorde histórico nas exportações de laticínios em 2022, com 600 mil toneladas e 5 bilhões de euros (R$ 27,3 bi na cotação atual) em receitas.
O saldo total avançou, apesar de flutuações ao longo do ano. O saldo comercial atingiu 2,3 bilhões de euros (R$ 12,5 bi), alta de 15% ante 2022.
O incremento foi puxado pelos queijos frescos (com aumento percentual de dois dígitos para burrata e mascarpone).
Em termos de volume, Grana Padano e Parmigiano Reggiano (6,1%) seguiram com excelentes resultados, incluindo os ralados (7,1%).
Outros queijos curados tiveram um bom desempenho (7,8%), e o gorgonzola também aumentou ligeiramente (1,1%).
A mussarela, em todas as suas variedades, cresceu 4%, representando sozinha um quarto do volume das exportações.
"As exportações continuam sendo um componente substancial para o crescimento do setor de laticínios italiano, e é uma alavanca fundamental para manter os níveis de produção e o crescimento da cadeia produtiva", comentou Paolo Zanetti, presidente da associação especializada Assolatte.
Em termos geográficos, a União Europeia ofereceu um porto mais seguro para queijos italianos do que os países extracomunitários.
Foram registradas desacelerações no Canadá, Japão e Coreia do Sul, além do Reino Unido, devido ao Brexit e à recessão; e dos EUA, sob efeito de inflação e desvalorização do dólar.
Na UE, merecem destaque os aumentos significativos nas exportações de laticínios para Alemanha (8,9%), Espanha (7,4%), França (6,8%) e Europa Oriental.
Fora do bloco, os aumentos mais significativos ocorreram na China, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
A China ultrapassou o Canadá, tornando-se o quinto destino de fora do bloco, após Reino Unido, EUA, Suíça e Japão.
Os queijos italianos estão no topo das importações da França, Estados Unidos e Suíça.
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