Ao menos 14 pessoas morreram e outras 100 ficaram feridas durante a onda de incêndios que há semanas devasta a vegetação de quase todo o Peru. Dos 24 departamentos do país, 22 estão sob as chamas.
Segundo as autoridades de Lima, a situação mais crítica se concentra na Amazônia, onde não chove há três meses. Nas regiões de Cusco, Cajamarca, Huancavelica e Huánuco, muitas cidades já sofrem com a falta de água.
A seca e as altas temperaturas têm contribuído para o alastramento do fogo no país andino e em boa parte da América do Sul, incluindo o Brasil. Pelo menos 5 mil hectares da vegetação peruana foram destruídos pelas chamas até o momento.
Para o Instituto Nacional de Defesa Civil do Peru (Ideci), o cenário na floresta amazônica é de "catástrofe" devido à destruição do habitat de diversas espécies. Em Cusco, os incêndios matam animais como o urso andino, em risco de extinção.
No domingo (15), a defensoria pública pediu ao governo da presidente Dina Boluarte que "seja declarado estado de emergência nas regiões afetadas pela catástrofe". Na ocasião, o governo peruano declarou que 60% dos incêndios foram extintos, mas em várias regiões do país o fogo continua incontrolável.
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