A reunião dos ministros do Comércio do G7, liderada pelo vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, na Calábria, chegou ao fim nesta quarta-feira (17) com o empenho "em manter um sistema comercial multilateral livre e justo" e sustentável.
O comunicado final enfatiza que o comércio é "um motor de crescimento, bem-estar e desenvolvimento" e, por isso, o G7 pretende envolver "parceiros a nível mundial, incluindo o Indo-Pacífico, a América Latina e a África".
O grupo disse estar empenhado "em manter um sistema comercial multilateral livre e justo, baseado em regras e orientado para o mercado, bem como em fortalecer a resiliência e a segurança econômica".
Além disso, destacou "a necessidade de prosseguir os esforços destinados a reformar as funções de monitorização, deliberação, negociação e resolução de litígios da Organização Mundial do Comércio (OMC)".
"Continuaremos a combater as políticas e práticas não mercantis, bem como o excesso de capacidade prejudicial não mercantil e outras distorções de mercado resultantes", acrescentou.
Para isso, os ministros pretendem "utilizar eficazmente nossas ferramentas de negócios e, quando apropriado, desenvolver novas", além de "trabalhar em conjunto para combater os subsídios industriais generalizados, opacos e prejudiciais, bem como os mercados estatais".
O grupo destaca ainda a importância de todos os membros da OMC garantirem a transparência, tanto a nível da organização, através da notificação de subsídios, como a nível nacional, através da publicação de informações sobre programas de subsídios".
A declaração final explica ainda que "o comércio de bens e serviços ambientais produzidos de forma sustentável é capaz de contribuir para a transição para uma economia de carbono zero, promovendo o acesso a energias renováveis energéticas e tecnologias hipocarbônicas, melhorando a eficiência energética e dos recursos e promovendo alternativas mais sustentáveis do ponto de vista ambiental".
Por fim, os Sete disseram estar "conscientes da importância de fornecer apoio adequado aos países menos avançados e aos países em desenvolvimento em dificuldade, a fim de facilitar a sua transição para um desenvolvimento com zero emissões, circular, resiliente às mudanças, amigo do clima, não poluente e respeitador da natureza".
O G7 do Comércio contou com a presença de representantes do habitual grupo das economias mais avançadas e também a parceiros considerados estratégicos de outros continentes: Índia, Vietnã, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Turquia e Brasil, potenciais mercados de milhares de pessoas.
Esta é a terceira vez que o G7 se reúne neste formato e, desta vez, a discussão entre líderes políticos, entidades empresariais (os chamados B7) e organizações internacionais foi baseada em quatro direções "cruciais para o futuro das economias".
"Terminou com grande satisfação para todos. Foi um sucesso para a Itália, também pela presença de países terceiros, convencidos de que o G7 deve se abrir aos outros", celebrou Tajani, lembrando que confrontou diretamente o B7, pela primeira vez, porque a Itália considera necessário "cooperar entre os setores público e privado em um setor tão importante como a negociação internacional".
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