Os advogados do tenista sérvio Novak Djokovic apresentaram documentos em que apontam que o atleta testou positivo para a Covid-19 em dezembro e que, por isso, pediram a isenção da vacinação ao entrar na Austrália, mostram dados do tribunal do país que cuida do caso neste sábado (8).
"A data do primeiro teste positivo RT-PCR foi registrada em 16 de dezembro de 2021", diz parte do texto, ressaltando que Djokovic apresentou resultado negativo no fim do ano. No dia 30 de dezembro, ao pedir a isenção à Austrália, o sérvio estava negativo há mais de 72 horas.
Nas 35 páginas, os advogados acusam as autoridades australianas de fazer uma "pressão injusta" já que ele "cumpria os requisitos previstos pelo Grupo Técnico Consultivo" do governo da Austrália.
Por conta disso, o tenista pediu a transferência do hotel onde se encontra em Melbourne, que é reservado para pessoas que devem ser deportadas, para um outro local onde possa treinar para o Australian Open.
Apesar das justificativas, o governo do estado de Victoria - onde ocorre o torneio - determinou que só podem participaram ou assistir a competição quem estiver vacinado totalmente, em regra que vale para atletas, árbitros e público. Ou seja, se acolhido o pedido da defesa, Djokovic até poderá entrar no país, mas terá mais um problema para disputar o evento esportivo.
O caso ainda colocou a Tennis Australia, entidade que gere o esporte no país, no centro das polêmicas já que o órgão informou para os competidores que seria possível disputar o torneio vacinado ou com um comprovante de cura da doença recente. Porém, o governo australiano não concordou com isso e ressaltou que apenas vacinados poderiam disputar a competição.
Djokovic é um antivacina convicto e, por mais de uma vez, causou polêmica durante a pandemia de Covid-19.
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