Um juiz de Turim, na Itália, comentou que as manobras financeiras orquestradas pela Juventus, que culminaram na renúncia de vários membros da diretoria, podem ter sido feitas de boa fé.
A observação foi protagonizada pelo magistrado Ludovico Morello, que inocentou em outubro todos os suspeitos do caso de ganhos de capital, incluindo o ex-presidente bianconero Andrea Agnelli.
"Seria difícil supor um desvio consciente e, portanto, definitivamente dolosa, dos critérios de contabilização. No entanto, é necessário um aprofundamento apropriado", comentou o juiz.
Em outro trecho, no entanto, Morello afirmou que as manobras salarias da Juventus podem ser consideradas "certamente ilegais", tanto que existem evidências da "existência de graves indícios para ser compartilhados com o Ministério Público" de Turim.
As últimas conversas telefônicas grampeadas pelo Ministério Público de Turim em virtude do escândalo da Juventus mostraram que o atual diretor Federico Cherubini criticava Fabio Paratici, seu antigo superior e atualmente no Tottenham.
"Simplesmente não dá para argumentar com Fabio. O Marotta podia freá-lo, mas quando ele saiu, Fabio recebeu carta branca e poderia acordar de manhã e assinar 20 milhões de euros sem que ninguém lhe dissesse nada. Falei várias vezes para ele que estávamos exagerando", teria dito Cherubini em uma conversa.
Em entrevista à ANSA, o ministro do Esporte da Itália, Andrea Abodi, afirmou "não pode ignorar" o caso envolvendo a Velha Senhora e cobrou que é o momento certo para "colocar as coisas em ordem".
"A situação da Juventus é apenas a ponta de um fenômeno que não podemos ignorar, já que o clube provavelmente não é o único. É hora de colocar as coisas em ordem e ir fiscalizar de forma mais pontual. O comportamento da gestão deve ser monitorado, analisado, avaliado e eventualmente sancionado", disse.
Grande parte da diretoria juventina renunciou ao cargo devido a um escândalo financeiro que chacoalhou o clube piemontês e o futebol italiano nas últimas semanas.
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