O governo da Mongólia atribuiu a decisão de não prender o presidente da Rússia, Vladimir Putin, à dependência energética do país em relação a Moscou.
O líder russo visitou a nação asiática na última terça-feira (3) e é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia, do qual Ulan Bator é signatária, mas foi recebido de forma calorosa.
"A Mongólia importa 95% de seus produtos petrolíferos e mais de 20% da eletricidade de nossos vizinhos. Esse fornecimento é fundamental para garantir nossa existência e do nosso povo", afirmou um porta-voz do governo ao site americano Politico.
"A Mongólia sempre manteve uma política de neutralidade em todas as suas relações diplomáticas", acrescentou.
O TPI emitiu um mandado de prisão contra Putin em março de 2023, por supostos crimes ligados à deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia.
A mesma discussão pode envolver o Brasil em breve, já que o país, que também é membro do Tribunal de Haia, sediará a cúpula de líderes do G20 em novembro, no Rio de Janeiro. O Kremlin, no entanto, ainda não confirmou se Putin participará da reunião.
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