(ANSA) - O governo brasileiro prometeu punir militares envolvidos em tentativas de golpe, após a imprensa revelar um plano desestabilizador entre o tenente-coronel Mauro Cid ,ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o coronel Jean Lawand, recentemente designado como adido militar nos Estados Unidos.
"Qualquer servidor federal, seja civil ou militar, que tiver seu envolvimento na preparação e no planejamento dos atos do dia 8 de janeiro comprovado deve ser punido e afastado de qualquer espaço de direção", afirmou nesta sexta-feira (16) o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
"As instituições têm que funcionar e estão funcionando", acrescentou. As mensagens entre Lawand e Cid demonstram a existência de uma organização "criminosa e golpista" no entorno de Bolsonaro, disse o ministro após uma cerimônia militar em Brasília.
A revista Veja publicou a transcrição de conversas entre Lawand e Cid em 2022 sobre um plano de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, vitorioso nas eleições de outubro.
Segundo rumores que circulam em Brasília, é possível que o Ministério da Defesa anule a designação de Lawand nos Estados Unidos.
Enquanto isso, Cid permanece detido, e seu celular continua em posse das autoridades devido à suposta falsificação do certificado de vacinação anti-Covid de Bolsonaro. (ANSA)
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