(ANSA) - Em meio a um aumento nos casos de infecção por dengue na Itália, especialistas avaliam que o fenômeno já era esperado.
“Com a chegada do verão, aumentam as viagens para a América Central e do Sul, onde a infecção é altamente prevalente. Como resultado, os casos também aumentaram ligeiramente aqui, mas são todos casos de importação", destacou à ANSA o infectologista Matteo Bassetti, presidente da Sociedade Italiana de Terapia Antimicrobiana e diretor da Clínica de Doenças Infecciosas do Hospital San Martino Irccs em Gênova.
No San Martino, foi tratado o caso de dengue de um jovem proveniente da Argentina, que já teve alta.
"No momento, estamos lidando com casos registrados em pessoas que viajaram e vieram de países onde a infecção é endêmica. É evidente que com o aumento de casos em países como Brasil, Argentina e Peru também aumentaram os casos de infecção entre aqueles que retornam desses locais", explicou.
Ele acrescentou que a maior visibilidade do tema pode levar a uma alta de diagnósticos, e enfatizou que é fundamental que não se desenvolvam focos autóctones no país.
Enquanto no Brasil a transmissão é feita pelo mosquito Aedes aegypti, na Itália há outro tipo de mosquito tigre, o Aedes albopictus.
"Até agora isso não aconteceu também porque o inverno não é a estação propícia. Mas com a primavera e o verão os mosquitos se reproduzem mais rapidamente, e é preciso ter muito cuidado", alertou.
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