(ANSA) - Um levantamento divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) apontou que o Brasil registrou 145 pessoas transexuais assassinadas em 2023, um aumento de 10% ante o ano anterior.
A grande maioria das vítimas, 94%, foi de travestis e mulheres trans, totalizando 136. Nove homens trans completaram a estatística.
No entanto, a Antra alertou que há subnotificação para esse tipo de crime, e que portanto o número real deve ser ainda maior.
Ao todo, 72% das vítimas eram pretas ou pardas, 34,5% tinham entre 18 e 29 anos de idade, 57% tinham envolvimento com prostituição, e 54% foram mortas com requintes de crueldade.
O levantamento mostrou que cinco foram vítimas fora do país: duas na Itália, duas na Espanha, e uma no Paraguai.
No Brasil, São Paulo é o estado que lidera o ranking, com 19 casos, alta de 73% ante 2022. No Rio de Janeiro, o número de mortes dobrou, com 16 casos.
Em 2023 o Brasil foi, pela 15ª vez consecutiva, o país que mais mata pessoas trans no mundo, à frente de México e Estados Unidos, segundo a ONG Transgender Europe.
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