Chegou a 21 o número de presos por conta da fracassada tentativa de golpe militar na Bolívia, capitaneada pelo general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército e detido no mesmo dia do levante.
O balanço foi apresentado pelo ministro de Governo, Eduardo del Castillo, em coletiva de imprensa. Também foram detidos Juan Arnez Salvador e Marcelo Javier Zegarra, ex-chefes da Marinha e da Aeronáutica, respectivamente.
Zegarra, a mando de Zúñiga, teria liderado o assalto à sede do governo em La Paz e se entregou espontaneamente à polícia. Os suspeitos responderão por terrorismo e insurreição armada contra a segurança e a soberania do Estado.
A rebelião foi deflagrada após a destituição de Zúñiga por ter ameaçado prender o ex-presidente Evo Morales caso ele se candidatasse nas eleições de 2025.
Morales, que governou entre 2006 e 2019, é correligionário do atual presidente da Bolívia, Luis Arce, no Movimento ao Socialismo (MAS), porém os dois se distanciaram e disputam o controle da legenda.
A oposição, no entanto, afirma que o golpe foi apenas um teatro organizado pelo governo para aumentar a popularidade de Arce, alvo da insatisfação da população com a crise econômica no país.
"Não sou um político que deseja ganhar popularidade com o sangue do povo", rebateu Arce. (ANSA)
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