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Draghi deixa cúpula da Otan e volta à Itália por tensão no governo

Draghi deixa cúpula da Otan e volta à Itália por tensão no governo

ROMA, 30 junho 2022, 10:12

Redação ANSA

ANSACheck

Draghi comandará Conselho de Ministros - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, deixou nesta quarta-feira (29) a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Madri para retornar a Roma e liderar uma reunião do Conselho de Ministros sobre medidas econômicas amanhã (30), em meio a tensões no governo.

Segundo nota do Palazzo Chigi, o ministro da Defesa, Lorenzo Guerini, representará a Itália na Cúpula de chefes de Estado e de governo da Otan no segundo dia dos trabalhos.

O Conselho de Ministros foi convocado na capital italiana para analisar as medidas orçamentárias destinadas a conter o aumento dos preços de energia.

No entanto, durante a ausência do premiê italiano, sua coalizão registrou uma série de tensões, protagonizadas principalmente pelo Movimento 5 Estrelas (M5S) e pelo partido de extrema-direita Liga.

Hoje, o ex-primeiro-ministro da Itália e líder do M5S, Giuseppe Conte, acusou Draghi de ter pedido para o fundador do partido, Beppe Grillo, que o retirasse do comando do movimento por ser "inadequado", durante uma conversa telefônica.

Conte, inclusive, teve uma longa conversa no Palácio do Quirinale com o presidente italiano, Sergio Mattarella, para relatar a gravidade da situação. De acordo com ele, "parece grave que um primeiro-ministro técnico, investido por nós, interfira na vida das forças políticas que o apoiam".

Draghi, por sua vez, negou a pressão e disse que seu governo "não está em perigo", além de dizer que se reunirá com Conte amanhã, "o mais rápido possível".

Por outro lado, o partido do ex-ministro do Interior Matteo Salvini criticou as iniciativas parlamentares do M5S e do Partido Democrático (PD) - ambos na coalizão do governo - para aprovar projetos de lei para legalizar a maconha e que concede cidadania para filhos de imigrantes nascidos no país ou que tenham chegado antes de completar 12 anos de idade.

Salvini, que se opõe firmemente aos projetos, denunciou "a vontade óbvia da esquerda de explodir o governo". (ANSA)

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