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Mais de mil prefeitos apoiam Draghi; Oposição ataca iniciativa

Mais de mil prefeitos apoiam Draghi; Oposição ataca iniciativa

ROMA, 17 julho 2022, 10:41

Redação ANSA

ANSACheck

Líder do principal partido de oposição a Draghi criticou iniciativa - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Subiu para mais de mil o número de prefeitos italianos que assinaram uma carta aberta pedindo a permanência do primeiro-ministro Mario Draghi no cargo em favor da estabilidade nacional neste momento de "emergência social".

O anúncio foi feito neste domingo (17) pelos prefeitos de Turim, Stefano Lo Russo, e Florença, Dario Nardella, que estão entre os coordenadores da iniciativa.

"Nós, prefeitos, chamados todos os dias à difícil gestão e resolução dos problemas que afligem os nossos cidadãos, pedimos a Mario Draghi que vá em frente e explique ao Parlamento as boas razões que impõem que a ação do governo continue", diz um trecho do documento.

Os prefeitos pedem ainda para "todas as forças políticas presentes no Parlamento que deram vida à maioria deste último ano e meio que pensem no bem comum e coloquem o interesse do país acima dos seus próprios problemas internos".

Para eles, mais do que nunca, o país precisa de estabilidade, principalmente depois de uma pandemia, uma guerra em curso e um esforço sem precedentes de revitalização econômica, além da criação de obras públicas indispensáveis e a gestão da emergência social.

Entre os prefeitos que assinaram a carta estão Luigi Brugnaro (prefeito de Veneza), Marco Bucci (Gênova), Antonio Decaro (Bari), Michele De Pascale (Ravenna), Giorgio Gori (Bergamo), Roberto Gualtieri (Roma), Stefano Lo Russo (Turim), Dario Nardella (Florença), Maurizio Rasero (Asti), Matteo Ricci (Pesaro), Giuseppe Sala (Milão).

A iniciativa, porém, foi duramente criticada pela deputada Giorgia Meloni, líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), única grande legenda de oposição a Draghi.

"Eu me pergunto se todos os cidadãos representados por Gualtieri, Sala, Nardella ou por outros prefeitos e governadores das regiões que se manifestaram nesse sentido compartilham o apelo porque um governo e um Parlamento agora a anos-luz de distância da Itália real seguem implacáveis, condenando esta nação à imobilidade apenas para garantir os salários dos parlamentares e da esquerda no governo", atacou Meloni.

A líder do FdI ainda se perguntou "se é correto que esses prefeitos e governadores que representam todos os cidadãos que administram, mesmo aqueles que pensam diferente, usem as instituições assim, descaradamente, como se fossem seções partidárias".

"A falta de regras e bom senso na classe dominante na Itália começa a assustar", conclui ela.

O prefeito de Florença, Dario Nardella, por sua vez, rebateu as declarações de Meloni e disse que "o ataque aos prefeitos e governadores das regiões, que são os políticos mais próximos dos cidadãos, mostra um certo nervosismo e uma certa agressão por parte da deputada".

"Lamento que Meloni não perceba que entre os signatários há muitos expoentes de centro-direita. Talvez o FdI espere ganhar apoio do caos institucional e econômico do país, mas apenas cinzas são coletadas das cinzas", enfatizou Nardella. (ANSA)

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