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Líder nas pesquisas promete manter política externa de Draghi

Líder nas pesquisas promete manter política externa de Draghi

Giorgia Meloni pode levar extrema direita ao poder na Itália

ROMA, 23 julho 2022, 15:53

Redação ANSA

ANSACheck

Giorgia Meloni lidera pesquisas de intenção de voto na Itália - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Líder nas pesquisas para as eleições de 25 de setembro, a deputada Giorgia Meloni prometeu manter a política externa do primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, caso chegue ao poder.

Aos 45 anos de idade, Meloni é presidente do partido de ultradireita Irmãos da Itália (FdI), que aparece numericamente em primeiro lugar nas pesquisas, mas em empate técnico com o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.

Como o FdI integra uma coalizão conservadora que, segundo as sondagens, poderia obter maioria no Parlamento, Meloni surge como favorita à sucessão de Draghi.

"A política externa de um governo guiado pelo Irmãos da Itália será a mesma de hoje. Isso é uma condição para mim, e não acredito que os outros queiram colocá-la em discussão", disse a deputada ao jornal La Stampa.

A declaração é um aceno para os eleitores que temem uma deriva pró-Rússia no caso de uma vitória da extrema direita. Draghi tem sido uma das vozes mais duras na União Europeia contra o regime de Vladimir Putin e defende que o Ocidente apoie a Ucrânia militarmente, posição com a qual Meloni concorda.

"Se nós [a Itália] não mandarmos armas, o Ocidente continuará mandando e vai nos considerar um país pouco sério. É preciso ter lucidez: não podemos pensar que é possível ser neutros sem consequências", acrescentou a deputada.

O FdI integra uma coalizão conservadora ao lado da ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, e do moderado Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi. Ambos condenam a invasão russa na Ucrânia, mas Salvini é contra o envio de armas a Kiev e até já usou camisetas com o rosto de Putin, enquanto Berlusconi é amigo de longa data do presidente russo.

A decisão dos dois de não participar de um voto de confiança no Senado na última quarta-feira (20) foi determinante para a queda de Draghi, que já havia perdido o apoio do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S). (ANSA)

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