O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, se reuniu nesta quinta-feira (25) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma visita oficial a Kiev.
Essa é a primeira viagem de Di Maio ao país e acontece quase dois meses e meio depois da missão do premiê Mario Draghi, que visitou a Ucrânia ao lado do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e do presidente da França, Emmanuel Macron, em 16 de junho.
"A Itália não vai abandonar o povo ucraniano", disse o ministro durante seu encontro com Zelensky. A promessa chega a poucas semanas de uma provável troca de governo na Itália, que terá eleições parlamentares antecipadas em 25 de setembro.
A coalizão favorita para a vitória é formada por três partidos já acusados de adotar uma postura simpática ao regime de Vladimir Putin. No entanto, a líder dessa aliança, a deputada de extrema direita Giorgia Meloni, do Irmãos da Itália (FdI), já garantiu que vai manter a política externa de Draghi caso chegue ao poder.
O FdI é coligado à ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, e ao moderado Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi. Ambos condenam a invasão russa na Ucrânia, mas Salvini é contra o envio de armas a Kiev e até já usou camisetas com o rosto de Putin, enquanto Berlusconi é amigo de longa data do presidente russo.
Durante o encontro com Di Maio, Zelensky agradeceu pelo apoio da Itália nos últimos meses. "A Itália é um dos países que mais apoiaram a Ucrânia, nossa sociedade e aqueles que tiveram de fugir do conflito", disse o mandatário no Telegram.
Devastação
Antes de se reunir com Zelensky, Di Maio visitou Irpin, cidade dos arredores de Kiev que foi devastada durante o breve período de ocupação russa, entre fevereiro e março.
"Os ucranianos não estão apenas se defendendo, mas estão defendendo a liberdade de toda a Europa, e nós precisamos escolher de que lado estar. Como governo italiano, escolhemos estar do lado do povo ucraniano", declarou.
O ministro ainda disse que quem "minimiza" os efeitos da invasão promovida pela Rússia é "cúmplice do massacre". "Morte e crueldade, cidades destruídas e levadas ao chão: essa é a verdade", reforçou. (ANSA)
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