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Amazônia tem desmatamento recorde em outubro, mostra Inpe

Amazônia tem desmatamento recorde em outubro, mostra Inpe

Ano de 2022 já é o pior da série histórica iniciada em 2015

SÃO PAULO, 11 novembro 2022, 11:54

Redação ANSA

ANSACheck

Ano de 2022 já é o pior da série histórica do Inpe © ANSA/AFP

Os alertas de desmatamento na área da Amazônia Legal bateram recorde no mês de outubro, com 904km² de área destruída, informou o relatório do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgado nesta sexta-feira (11).

A Amazônia Legal engloba oito estados do norte e do centro-oeste brasileiro: Acre, Amapá, Amazonas, parte do Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. As notificações são feitas pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter-B).

O número é o maior para o mês desde 2015 e é 3% maior do que o contabilizado em 2021.

Além disso, segundo a ONG Observatório do Clima, o acumulado de alertas entre agosto e outubro aumentou 44,65%, chegando a uma área destruída de 4.020km² contra 2.779km² no mesmo período do ano passado.

O ano de 2022 já é o pior da série histórica do Inpe no desmatamento, mesmo que faltem dois meses de dados a serem contabilizados. São 9.494km² destruídos entre os meses de janeiro e outubro contra 8.219km² em todo o ano de 2021.

Além disso, os números estão piores que 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro e que detém o recorde, quando foi devastada uma área de 9.178km².

Os quatro anos do governo de Bolsonaro, inclusive, são os piores na comparação a partir de 2015, com praticamente o dobro da taxa de desmatamento anual.

"Neste fim de mandato [de Bolsonaro], há uma corrida de criminosos ambientais para derrubar a floresta, aproveitando o fato de que ainda têm um parceiro sentado na cadeira da presidência da República. Enquanto Lula [presidente eleito] está a caminho do Egito para se reunir com líderes do mundo inteiro na tentativa de resgatar a imagem do Brasil [na COP27], Bolsonaro continua no país, implementando sua agenda de destruição ambiental", ressalta o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini.


   

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