Após a primeira votação no Parlamento da Itália para eleger o próximo presidente da República terminar sem vencedor, o colégio eleitoral realizará nesta terça-feira (25) um segundo escrutínio.
O pleito terá início a partir das 15h, horário local em que também estão marcadas duas cúpulas entre representantes dos principais partidos políticos para tentarem chegar a um consenso.
A centro-direita deve apresentar uma lista de candidatos ao Palácio do Quirinale nesta tarde, tendo em vista que estão sendo realizados contatos entre Matteo Salvini, secretário federal da Liga, Giorgia Meloni, do Irmãos da Itália (FdI), e Antonio Tajani, coordenador nacional do Força Itália (FI), para definir os nomes.
Já os líderes do Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte, do Partido Democrático (PD), Enrico Letta, e da coalizão Livres e Iguais (LeU), Roberto Speranza, também devem se encontrar para negociações.
De acordo com fontes oficiais, Salvini está trabalhando em várias frentes e já teria iniciado um diálogo com Conte e Letta. Entre os nomes cogitados como candidatos aparecem Franco Frattini, atual presidente do Conselho de Estado, e de Elisabetta Alberta Casellati, presidente do Senado.
O nome de Frattini, porém, teria o veto do PD e do partido Itália Viva (IV), de Matteo Renzi, principalmente porque ambas as siglas defendem um perfil de presidente "pró-europeu e atlantista".
Outros nomes propostos são o do jurista Carlo Nordio, ex-procurador que trabalhou na Operação Mãos Limpas e em inquéritos sobre o grupo terrorista de esquerda Brigadas Vermelhas; Marcello Pera, ex-presidente do Palazzo Madama; e Letizia Moratti.
O primeiro-ministro Mario Draghi continua sendo o mais cotado, mas ele só irá ao Palácio do Quirinale se os partidos da situação fecharem um acordo sobre um novo premiê - a atual legislatura termina apenas em 2023.
Letta, inclusive, alertou a centro-direita que seu "papel é proteger Mario Draghi e é absolutamente importante tê-lo nas instituições do país", já que ele é "um trunfo extraordinário".
Para Renzi, "aquele que tem o 'ás' na mão para fechar este jogo chama-se Matteo Salvini". Segundo ele, o líder da Liga tem algumas hipóteses, como "insistir em um nome de centro-direita mesmo contra um Parlamento, esperando que ele passe; procurar um grande acordo com todos sobre um nome fora do circuito; ou um acordo com Conte.
No momento, não há candidato elegível com maioria qualificada de dois terços dos votos (672 de um total de 1,008), já que os principais partidos do país decidiram votar em branco na primeira sessão enquanto ainda negociam para chegar a um nome comum.
O pleito seguirá com um escrutínio por dia até que haja um vencedor. No entanto, a partir da quarta votação, um candidato precisará obter a maioria simples (505 votos). (ANSA)
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