A empresa italiana ENI fechou um acordo com o Catar para participar do projeto de expansão da produção no maior campo de gás natural do mundo.
A notícia chega poucos dias depois de a estatal russa Gazprom ter reduzido em 50% o fornecimento da commodity para a Itália, que ainda depende de Moscou para satisfazer sua demanda energética.
A ENI vai ter uma participação de pouco mais de 3% no projeto North Field East, que prevê investimentos de US$ 28,75 bilhões para expandir a capacidade de exportação de gás natural liquefeito (GNL) do Catar das atuais 77 milhões de toneladas por ano para 110 milhões de toneladas por ano.
"Estou feliz em anunciar a seleção da ENI como parceira nesse projeto estratégico único", disse o ministro catariano da Energia e presidente da estatal QatarEnergy, Saad Sherida al-Kaabi. O país estima que o campo de North Field, no Golfo Pérsico, concentre 10% das reservas conhecidas de gás natural no mundo.
A produção no North Field East deve começar até o fim de 2025, usando tecnologias de vanguarda no setor. O acordo com a ENI tem prazo de 27 anos e reforça a presença da Itália em uma região estratégica para satisfazer sua demanda energética.
"Esse acordo é um marco significativo para a ENI e se insere em nosso objetivo de diversificação para fontes energéticas mais limpas e confiáveis", declarou o CEO da companhia italiana, Claudio Descalzi.
A ENI já fechou recentemente contratos para aumentar as importações de gás natural de países como Angola, Argélia, Azerbaijão e República do Congo, com o objetivo de reduzir a dependência em relação à Rússia, que até a invasão à Ucrânia era a principal fornecedora da Itália. (ANSA)
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