/ricerca/brasil/search.shtml?any=
Mostre menos

Se hai scelto di non accettare i cookie di profilazione e tracciamento, puoi aderire all’abbonamento "Consentless" a un costo molto accessibile, oppure scegliere un altro abbonamento per accedere ad ANSA.it.

Ti invitiamo a leggere le Condizioni Generali di Servizio, la Cookie Policy e l'Informativa Privacy.

Puoi leggere tutti i titoli di ANSA.it
e 10 contenuti ogni 30 giorni
a €16,99/anno

  • Servizio equivalente a quello accessibile prestando il consenso ai cookie di profilazione pubblicitaria e tracciamento
  • Durata annuale (senza rinnovo automatico)
  • Un pop-up ti avvertirà che hai raggiunto i contenuti consentiti in 30 giorni (potrai continuare a vedere tutti i titoli del sito, ma per aprire altri contenuti dovrai attendere il successivo periodo di 30 giorni)
  • Pubblicità presente ma non profilata o gestibile mediante il pannello delle preferenze
  • Iscrizione alle Newsletter tematiche curate dalle redazioni ANSA.


Per accedere senza limiti a tutti i contenuti di ANSA.it

Scegli il piano di abbonamento più adatto alle tue esigenze.

Mario Draghi renuncia ao cargo de premiê da Itália

Mario Draghi renuncia ao cargo de premiê da Itália

ROMA, 21 julho 2022, 11:46

Redação ANSA

ANSACheck

Mario Draghi durante sessão na Câmara dos Deputados - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Após ter perdido sua base de apoio no Parlamento, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, renunciou ao cargo pela segunda vez em uma semana, mas agora de forma definitiva.

No poder desde fevereiro de 2021, o economista de 74 anos se reuniu nesta quinta-feira (21) com o presidente Sergio Mattarella para comunicá-lo sobre sua decisão.

"O presidente da República recebeu nesta manhã o presidente do Conselho dos Ministros, professor Mario Draghi, o qual, após ter relatado sobre a votação de ontem no Senado, reiterou sua renúncia e a do governo por ele presidido", disse o secretário-geral da Presidência da República, Ugo Zampetti.

Draghi ainda continuará no cargo até a nomeação de um sucessor, mas apenas para cuidar de assuntos correntes. Durante a tarde, Mattarella deve receber os presidentes da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, e do Senado, Elisabetta Casellati, para informar seus próximos passos.

A expectativa dos partidos é de que o chefe de Estado dissolva o Parlamento e convoque eleições antecipadas ainda neste ano - o fim natural da atual legislatura seria em março de 2023.

Pouco antes de se reunir com Mattarella, Draghi ainda fez um breve discurso na Câmara dos Deputados e se mostrou emocionado, algo raro em seus 17 meses de governo.

"Às vezes, até os banqueiros centrais usam o coração. Obrigado por isso e por todo o trabalho feito nesse período", brincou o premiê, também ex-presidente do Banco Central Europeu, ao fim de um longo aplauso por parte dos parlamentares.

Draghi já havia tentado renunciar na última quinta (14), após o partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) ter boicotado uma moção de confiança a um projeto do governo no Senado.

Naquela ocasião, no entanto, Mattarella rejeitou a renúncia e pediu que o premiê voltasse ao Parlamento para verificar se seria possível continuar governando.

Em discurso no Senado na última quarta-feira (20), o economista defendeu sua gestão, elencou prioridades para o futuro e pediu a reconstrução do "pacto de confiança" que possibilitara o nascimento de sua coalizão de união nacional, mas não foi suficiente.

O primeiro-ministro optou por submeter ao voto de confiança uma resolução do senador de centro Pier Ferdinando Casini, que dizia apenas que a Câmara Alta aprovava seu discurso, porém a maior parte da base governista decidiu não participar da sessão.

A ultranacionalista Liga, de Matteo Salvini, e o conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, queriam um sinal claro de ruptura em relação ao M5S. Já o movimento antissistema acusou Draghi de colocar-se abertamente contra o partido, restando apenas a centro-esquerda e pequenas legendas de centro ao lado do governo.

"Não somos como os outros, quem assumiu a responsabilidade de prejudicar o país vai pagar as consequências nas urnas", afirmou o ex-premiê Enrico Letta, líder do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda. "O Parlamento se colocou contra o país, mas não todos, nós demonstramos que olhamos os interesses do país, e os eleitores vão premiar isso", acrescentou.

União nacional

Draghi chegou ao poder em fevereiro de 2021, quando foi convocado por Mattarella para guiar uma ampla coalizão e evitar a realização de eleições antecipadas em plena pandemia.

Sem experiência prévia na política, o economista tinha como principais objetivos acelerar a campanha de vacinação contra a Covid-19 e preparar o Plano Nacional de Retomada e Resiliência (PNRR), projeto para utilizar os quase 200 bilhões de euros destinados à Itália pelo fundo da União Europeia para o pós-pandemia.

Essas duas metas foram alcançadas, mas esperava-se que Draghi governasse até o fim da atual legislatura, no primeiro semestre de 2023, conferindo estabilidade à Itália em um momento de profunda tensão econômica e geopolítica.

Com o pior da pandemia ficando para trás e a aproximação das eleições, o premiê passou a ser alvo de fogo amigo dentro de sua base aliada, especialmente por parte do M5S e da Liga, que encontram dificuldades para manter seu discurso populista estando no governo de um ex-banqueiro central.

O resultado disso se refletiu nas pesquisas. Vencedor das eleições de 2018, com 32% dos votos, o movimento antissistema sofreu diversas cisões nos últimos quatro anos e hoje está apenas em quarto lugar, com cerca de 10% da preferência do eleitorado.

Já a Liga, soberana no campo conservador durante a legislatura atual, aparece nas pesquisas atrás do partido de ultradireita Irmãos da Itália (FdI), única grande força de oposição a Draghi antes da crise política.

Próximos passos

A Constituição da Itália determina que as eleições legislativas devem ocorrer até 70 dias depois da dissolução do Parlamento, período que pode coincidir com o fim de setembro e o início de outubro, caso Mattarella encerre a legislatura ainda neste mês.

Neste caso, um novo governo tomaria posse, na melhor das hipóteses, entre o fim de outubro e o início de novembro, quando a Lei Orçamentária de 2023 já precisa estar protocolada no Parlamento. Desde que se tornou república, após a Segunda Guerra Mundial, a Itália nunca realizou eleições legislativas no segundo semestre.

Existe ainda a hipótese de nenhum campo político obter maioria clara, o que pode fazer as negociações se estenderem e deixar o país sem um governo com plenos poderes - em 2018, foram necessários três meses para empossar Giuseppe Conte como premiê.

Dessa forma, a Itália arriscaria iniciar o próximo ano sem um orçamento e ficaria enfraquecida no cenário internacional, hoje tomado pelos efeitos da invasão russa à Ucrânia, como a disparada dos preços dos combustíveis e da energia elétrica e a perspectiva de uma crise alimentar global.

Além disso, a crise política coloca em risco os repasses da UE para o PNRR, que prevê 222,1 bilhões de euros em investimentos até 2026 para impulsionar a economia, sendo 191,5 bilhões em fundos europeus.

O governo Draghi já cumpriu metas referentes a 45 iniciativas, etapa necessária para receber um repasse de 24 bilhões de euros da União Europeia. No entanto, o país terá de apresentar resultados em mais 55 projetos até o fim do ano para embolsar uma nova parcela. (ANSA)

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA

Imperdíveis

Compartilhar

Veja também

Ou use