Após a crise diplomática que opôs os dois países, o presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou neste sábado (26) que tem "profunda amizade" pelo povo da Itália.
A declaração se deu por ocasião do primeiro aniversário do Tratado do Quirinale, acordo de cooperação para estreitar as relações entre Roma e Paris.
"Há exatamente um ano, selamos a união entre nossos dois países com um tratado. Neste dia, envio uma mensagem de profunda amizade ao povo italiano", escreveu Macron no Twitter, em um post que também exibe um vídeo sobre a ocasião.
Já o presidente da Itália, Sergio Mattarella, declarou que a "intensa e autêntica amizade" com a França deve ser "alimentada, no interesse comum dos dois países e da União Europeia".
O Tratado do Quirinale, que leva o nome da sede da Presidência da República Italiana, prevê que um ministro participe de pelo menos uma reunião do outro governo a cada três meses e uma cúpula bilateral anual para verificar a implantação do acordo.
O texto ainda estabelece mecanismos de consultas diretas em tempos de crise para facilitar a coordenação entre os dois países, que se viram em lados opostos no início do mês devido à emergência migratória no Mediterrâneo.
Na ocasião, o governo francês autorizou o desembarque do navio humanitário Ocean Viking, da ONG SOS Méditerranée, que havia socorrido 234 pessoas no fim de outubro e fora recusado pela Itália, nação europeia mais próxima do local dos resgates.
Em retaliação, a gestão Macron suspendeu um acordo para acolher 3,5 mil solicitantes de refúgio que vivem na Itália e aumentou os controles na fronteira entre os dois países. Roma e Paris, no entanto, indicam que a crise já está superada. (ANSA)
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