A ONG Anistia Internacional e um grupo de dissidentes políticos da Americans for Human Rights and Democracy do Bahrein enviaram uma carta ao papa Francisco em que fazem um apelo para que o líder católico aborde temas relacionados aos direitos humanos em seus encontros com autoridades de Manama.
O chefe da Igreja Católica vai ao país nesta quinta-feira (3) e retorna no próximo domingo (7).
No documento, eles pedem que o pontífice debata a questão da soltura de prisioneiros políticos e o fim da discriminação dos membros da comunidade muçulmana xiita no país - a atual realeza é muçulmana sunita. Além disso, o governo é forte aliado da Arábia Saudita.
Os grupos lembram da forte repressão aos protestos populares de 2011, no meio da Primavera Árabe. "11 anos depois da revolta popular que abalou o Bahrein, e com as malucas reformas sucessivas, os prisioneiros de consciência permanecem atrás das grades e os direitos à liberdade de expressão, associação e reunião continuam a ser reprimidos", dizem no documento.
Além da visita do Papa, no dia 12 de novembro, serão realizadas eleições parlamentares no Bahrein e os ativistas denunciam ainda a discriminação também política contra candidatos xiitas.
"Em ocasião da sua visita ao país e em nome do respeito e da defesa dos direitos humanos, pedimos a sua intervenção para levantar com seus interlocutores os casos dos prisioneiros de consciência nos presídios do Bahrein e de pedir a libertação imediata e incondicional deles, junto com o fim da sistemática discriminação da comunidade xiita", finalizam.
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